sexta-feira, 7 de outubro de 2011

“NO HORIZONTE DE MIM”





No horizonte de mim, contemplo lonjuras

Escolhas perdidas, fulgores da mocidade

Qual caminho vencido nas cores maduras

Marcado nos passos do vento com a idade

Quanto de mim, por mim fulgura

Sentindo no peito, o feito dessa loucura



No horizonte de mim, um sol do meio-dia

Numa fome de vida sobre um mastigar sombrio

Língua de vento por fora e por dentro lambia

O néctar, enfim, de um crepúsculo vazio

Aquando a voz se ergue nos ecos do destino

E me encontro criança, nos altos do caminho



No horizonte de mim, bem próximo de ti

Palavras para quê!

Ao chegar distante de todos os chegares

Pelos sons de todas as letras que conheci

Que não dizem corações, seus olhares

Pois que venho de longe, para longe, enfim

Bem perto que seja no horizonte de mim.

***