segunda-feira, 11 de abril de 2011

“BEIJO NA MADRUGADA”


A lua abriu o tormento
Beijando a orla do mar
Sibilo,
Risco de vento;
Grito de alento
Por contemplar

Turvava assim, crispação
Na prata que se estendia
Olhava o sim, acenava o não
Enquanto o brilho fugia

Gemia no coração
Como quem chama um ardor
Repincho de solidão
Retumbaria paixão, voz ou dor

Qual beijo não chegaria
Do peito jeito encantado
Que do sono venceria
Verdadeiro ou enganado

Lá tinia livremente
Chorando à descarada
Quando Aurora se viu gente
Para beijar a sua amada

Foi quando o sonho acordou
Na noite, ida, fechada
Que o desejo festejou
O beijo da madrugada.
***

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