“Demoro-me”





- Demoro-me a contemplar as paredes que me encerram.

“Abre-se-me, por gentileza, uma luz doce e suave; que desce do vidro, fosco e descolorido”: Destoado pelas garras do ferro; que, aclamam os fantasmas: Pairando na minha janela.

- Demoro-me a ver: Sobre as páginas abertas...

 Asas de penugem branca; ave rapina...

Demoro-me a sentir a sensação evocativa; das lâminas; do sítio, que, em mil pedaços do nada: Dilaceram a minha disponibilidade...


- Inesperadamente, demoro-me a ouvir o som desarticulado do contento, por magnífico; que se atreve a dedilhar acordes fantasmagóricos.


- Reconheço que aflui na lembrança, da própria figura, como uma nova vida. Recordo, ainda, mais aproximado ao aspeto do autêntico Homem, da verdade, do que da negligencia: Da observação comodista, sugerida como tributo de obesos;

Quando conheci o meu prestígio pessoal, honrava o cargo de sentinela; “no anonimato”.

Ao evocar tão breves linhas, rumo às mais vastas distâncias do território, como pretexto para conhecer o meu passado: Ausente das palavras falsas: Liberdade.


- Novo País, que mastiga o antigo; novo painel, que o tempo reduziu ao vago sentido, da objetividade atual...

 Quero julgar que, todos reconhecem, à sua volta, uma mudança apressada e, que, com ela: Assim se vê esfumar e, (de certa forma) comprometer o encanto específico que o Poeta amou...

***

Sem comentários:

Enviar um comentário

Um comentario, e para o poeta como um livro de inspiração; por tal:
Comente, comente sempre com a verdade.
Obrigado/a por comentar