quarta-feira, 2 de novembro de 2011

“Tintas de amor”




 O veleiro atracou na minha enseada
Como um vento que pára sabendo-se chegado
Fiz a certeza, logo sobro do nada

Rio sem destino, sem leito nem brado…

Népia que fosse, saboreando tormentos
Com vozes traçadas, temporais alentos.


Ó mar, das angústias mais iradas

Que já não pensas, só corres em vão

Bates na terra pejos de balanças cansadas

Vertendo horizontes no meu coração…

Se em tela pinto, vozes de amor

No céu encontro tintas de dor.

***