quarta-feira, 25 de abril de 2012

“Desespero ambulante”






-A esperança é teu ânimo de salvação

Barco sem rumo nas ondas do mar

Por vezes, fechado ao coração

Gemendo embalos sobre o olhar…

-Que fosses a pedra mais alta da serra

E sentisses o vento que sabe cantar

Quando ouves o frio, ameno, sobre a terra

Sem lábios ou musgo que possas beijar…

-E fitas meu peito, de gritos gigantes

Como se, ali, batalhasses ardor…

Quantas falsidades e traições constantes

Sem carinho ou templo, que me liberte a dor…

-Sim! - Fui a mão que abriu da ilusão

Num vento capaz, auréola da mocidade;

Lágrimas perdidas chegando em vão

 Por resmas de ti, montando idade.

-Vi-te no tempo que me aconteceu;

Nas páginas brancas, enquanto te lia;

Se da voz sobrou, na voz morreu

O momento vivido se te conhecia.

                      ***


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